{RESENHA} CHEWING GUN
Um hilário ponto de vista
A vida de uma menina que está começando a descobrir o mundo
“Goma de mascar”, do inglês “Chewing Gum” é uma série britânica que foi feita pelo Netflix em outubro de 2015. A comédia acompanha a vida de Tracey, personagem de Michaela Coel, que é uma jovem cristã de 24 anos que deseja perder a virgindade com o noivo, Ronald, feito por John McMillan, um religioso fervoroso contrário a qualquer envolvimento íntimo antes do casamento. Tracey tem uma melhor amiga, Candice, interpretada por Danielle Walters, que mora com a avó Esther, feita por Maggie Steed. Esses primeiros fatos são apresentados na primeira temporada da série de forma bem engraçada e com ótimas sacadas. Tracey pega dicas com a amiga e a avó de como seduzir o namorado e o resultado é extremamente constrangedor e hilário.
Além das piadas, a série traz - ainda que de forma bem espiritualizada - muitas críticas. O padrão imposto pela sociedade e o racismo são assuntos colocados em pauta de forma discreta mas que se prendem ao pensamento. E tem também o fato da religião. Shola Adewusi faz a mãe de Tracey e impõem para ela e para a outra filha Cynthia, papel de Susie Wokoma, uma educação cristã bem rígida. Tracey é a filha que está - escondida - fazendo tudo o que a mãe abomina e sua irmã e constante vigia passa a sentir vontade de seguir o mesmo caminho, o que só traz cenas ainda mais engraçadas.
Mas, enfim, Tracey termina com Ronald e conhece Connor, na pele de Robert Lonsdale, que não passa de um metido a poeta ainda mais avoado do que a própria Tracey. Com ele a vida dela passa a ter ainda mais emoções e aventuras. A série já está na segunda temporada e vale muito a pena ser assistida. Com cerca de seis episódios de vinte minutos cada, a risada é garantida o tempo todo!